Algo Vuela - Gonzalo Aloras

'Hay muchos planes y a la vez todos forman parte de uno que los incluye'

Nombre: Gonzalo Aloras
Ubicación: Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina

sábado, agosto 21, 2004

Para qué hacer una canción

Para ver qué pasa. Qué nos pasa en el cuerpo y en el alma. Qué nos da, qué nos cambia, hacia dónde nos lleva, qué nos da a contemplar, qué ventana se abre, qué aromas se presentan, qué tipo de fuerzas nos aporta o bien por lo contrario simplemente para desecharla y pasar a otra.

Una canción puede evitar un suicidio o provocarlo, puede inventar una pareja y una familia, puede frenar una guerra y anhelar un pueblo futuro, puede servir en la promoción de un paquete de fideos.

1 Comments:

Blogger Rokita said...

Gosto muito de uma expressão que li em um livro (chamado O Canto dos Afetos) que diz que a música - e arte em si - tem a condição de “mover a alma de outrem” (do outro). Mais do que enternecer e emocionar (comover), ela tem então essa capacidade de provocar reflexões, de criar movimentos, sejam eles, como você escreveu, individuais e/ou coletivos, de fundo amoroso, político ou puramente comercial.

Deixo aqui a letra de uma canção sobre as canções. A música é do Edu Lobo e a letra é do Chico, e é uma das minhas favoritas. Ela foi escrita para uma peça de teatro (O Corsário do Rei, de 1985) e depois regravada por ele no CD Paratodos, em 1992, com um belíssimo arranjo de Luiz Claudio Ramos.

Choro Bandido

Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos
Como eu cantando assim:
- Você nasceu pra mim
- Você nasceu pra mim

Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
- Me leve até o fim
- Me leve até o fim

Mesmo que os romances sejam falsos
Como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons

11:37 p. m.  

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